23 julho 2007

Todos querem casar


Existe um lugar, único no mundo, onde podemos obter a satisfação imediata de todas as nossas necessidades: o útero da mãe. Desconhecemos a fome, a sede, a falta de aconchego. Mas nascemos. Precisamos respirar com nossos próprios pulmões, reclamar da fralda molhada, nos desesperarmos com as cólicas. Somos tomados por um profundo sentimento de falta. Uma angustiante sensação de desamparo nos invade. Sem retorno ao estágio anterior, isso nos acompanhará por toda a vida.

Quando nascemos, somos introduzidos num mundo com padrões de comportamento claramente estabelecidos. Inicia-se o processo de socialização. Os desejos espontâneos são gradualmente substituídos pelos que aprendemos a desejar. Nos comportamos e agimos de acordo com a expectativa social. A partir daí todos se tornam parecidos. As singularidades não mais existem. O condicionamento cultural impõe como única forma de atenuar o desamparo uma relação fixa e estável: O CASAMENTO

Assim, todos desejam se casar. Ninguém questiona se é mesmo a única forma de realização afectiva. O casal constrói uma tela de protecção contra o mundo e tenta reaver o paraíso simbiótico que tinha no útero da mãe. Ilusão que dura pouco, incapaz de se sustentar na realidade do quotidiano. .

17 julho 2007

Ciclo da resposta sexual humana




Essa é a 1a Fase Sexual, onde os instintos são estimulados e os apetites crescem. O desejo e a sensualidade são experiências subjectivas que incitam a pessoa a buscar actividade sexual. Em termos cerebrais, há mensagens neurofisiológicas que motivam a busca por sexo. Esses sinais neurológicos ainda não foram bem explicados, mas já se fala em uma espécie de Centro de Desejo Sexual no Cérebro, que seria constituído principalmente por uma pequena região cerebral denominada Claustro. Nos homens, o estímulo visual é de extrema importância para iniciar e manter o desejo sexual

Excitação
A 2a Fase do Ciclo Sexual ocorre quando o corpo passa a responder fisiologicamente frente aos estímulos que dispararam o desejo sexual. Ou seja, a excitação é a resposta do corpo ao desejo. No homem, a excitação é demarcada pela erecção (quando o pénis fica rijo), na mulher, pela lubrificação vaginal. Duas alterações fisiológicas são as principais protagonistas nesse jogo. A congestão vascular, que é o aumento da quantidade de sangue superficial e/ou profunda acumulada em alguns órgãos do aparelho genital e extra genital, e a monotonia, que é a crescente e involuntária contracção de fibras musculares.

Orgasmo

Esta é a última Fase do Ciclo da Resposta Sexual. O orgasmo, o êxtase, o gozo ou ápice de prazer é atingido quando ocorre a liberação total das tensões antes retidas, acompanhada de uma contração muscular rítmica. Nos homens observa-se a ejaculação. Acompanha-se de todo esse processo, a sensação subjetiva de profundo prazer.

Após o orgasmo, o homem tem o que se chama de Período Refratário, fenômeno este não identificado nas mulheres. É um tempo de relaxamento necessário para que ele possa reiniciar novamente a atividade sexual. Nos jovens esse período pode ser de segundos, nos mais velhos, de horas a dias.

13 julho 2007

Prove que é homem


Por "Seja homem!", "Prove que é homem !", "Vem cá se é homem!". Desde pequeno o homem é desafiado a provar sua masculinidade. A vida inteira ele deve estar atento e mostrar que é homem, deve ter atitudes, comportamentos e desejos masculinos. Qualquer variação no jeito de falar, andar e mesmo sentir, pronto: sua masculinidade é posta em dúvida. Assim como a feminilidade, a masculinidade foi construída há 5 mil anos, a partir do surgimento do patriarcado. O homem, então, se definiu como um ser privilegiado, acreditando ser mais forte, mais corajoso, mais decidido, mais responsável, mais criativo, mais racional. Isso serviu para justificar, durante milénios, a dominação da mulher e também estender essa ideologia de dominação a outras esferas: a homens mais fracos, raças, nações e à própria natureza. Dessa forma, houve uma mudança radical nas mentalidades, e a evolução das sociedades pacíficas e de parceria, que existiam até então, foi mutilada. A cultura imposta pelo homem, autoritária e violenta, acabou sendo vista como normal e adequada, como se fosse característica de todos os sistemas humanos. No entanto, a masculinidade está em crise. Há pouco mais de trinta anos as mulheres passaram a questionar e exigir o fim da distinção dos papéis masculinos e femininos, ocupando os espaços sempre reservados aos homens. A certeza do homem superior à mulher foi abalada. Diante dessa nova mulher desconhecida, muitos homens passaram a questionar a identidade masculina, desejosos de se libertar dos papéis tradicionais a eles atribuídos e da cobrança de ter sempre força, sucesso e poder. A partir daí, puderam perceber que são oprimidos, tanto ou mais que as mulheres, sendo que nos Estados Unidos existem hoje mais de 200 grupos que se reúnem para discutir o masculino e sua desconstrução, e dos países nórdicos chegam trabalhos sobre o homem esgotado. Entretanto, essa não é a primeira grande crise da masculinidade que vivemos, mas é certamente mais ampla e significativa que as anteriores. Nos séculos 17 e 18, na França e Inglaterra, aceitando o questionamento das preciosas — feministas que invertem totalmente os valores tradicionais — alguns homens adoptam uma moda refinada: perucas longas, plumas extravagantes, roupas com abas, pintas no rosto, ruge. Recusam-se a manifestar ciúme, aceitam a igualdade de direitos e se tornam mais suaves. Com a Revolução Francesa de 1789, novamente se instala uma relação de oposição entre homens e mulheres até que nova crise da masculinidade ocorre cem anos depois. É no período de 1871 a 1914 que surge uma nova mulher. Entra nas universidades, reivindica o mesmo salário que o homem e o fim das fronteiras sexuais existentes. Para a crise atingir seu ponto máximo, acrescente a isso o emprego do homem na fábrica, onde as tarefas mecânicas e fragmentadas não dão a ele o controle dos resultados do trabalho. Somente a Primeira Guerra Mundial, iniciada em 1914, resolveu momentaneamente essa crise, dando chance aos homens de provar a si próprios que eram verdadeiros machos. No momento actual, estamos em pleno processo de transformação no que diz respeito à valorização da virilidade. Já é possível sentir sinais do desprestígio do machão. O homem que fica triste e chora adquire um novo valor: o do homem sensível. No entanto, a mudança das mentalidades demora algumas vezes mais de cem anos para se concretizar, mas isso não importa, desde que se abra um espaço definitivo para a autonomia de homens e mulheres.

06 julho 2007

Mulher romântica



. Branca de Neve, Cinderela, A Bela Adormecida. Modelos de heroínas românticas que, ao contrário do que se poderia imaginar, no que diz respeito ao amor são muito parecidas com a maioria das mulheres de hoje. A mensagem central dos românticos contos de fadas é a impotência feminina. O homem tem o poder, a coragem, a força, e tudo o que uma mulher pode fazer é esperar que o Príncipe Encantado a considere atraente o suficiente para se interessar por ela. Por desempenhar um papel passivo - frequentemente está em coma, esperando ser salva por ele -, não o ameaça em nada, podendo ser, portanto, escolhida para ser sua esposa. No final ela alcança a realização ao subir no cavalo do príncipe e partir para viver feliz para sempre no castelo dele. É claro que a história tem que parar por aí. Além da jovem jamais ter interagido com o mundo, agora mesmo não se terá mais notícias dela, e muito menos do dia-a-dia do casal. A menina na nossa cultura aprende desde cedo a ser romântica e submissa. Além dos contos de fadas, todos os meios de comunicação, família e escola, colaboram para isso. Um estudo feito nos Estados Unidos concluiu que as escolas americanas ludibriam as meninas. Além de receberem mais atenção dos professores, os meninos são recompensados por se valorizarem e as meninas por serem dóceis e quietas. Assim, quando se tornam adultas, já estão bem treinadas para se comportar ajustando sua imagem de acordo com as necessidades e exigências dos homens, prisioneiras que são do mito do amor romântico. Para que a relação entre os sexos se mantenha dentro do esquema de superioridade do homem, a principal aspiração da mulher deve ser a de viver um grande romance, se sujeitando a qualquer sacrifício para isso. Cinderela não tem nenhum plano ou projecto de vida, senão ser salva pelo príncipe e se casar com ele. Mas o episódio do famoso sapatinho traz outro significado dramático. Para a mulher ter sucesso, melhorar de vida, seu corpo tem que corresponder a determinadas exigências masculinas, nem que para isso seja necessário mutilá-lo. É o que acontece com as irmãs de Cinderela, que cortam um pedaço dos pés, para que caibam no sapatinho. Entretanto, esses absurdos não pertencem somente à ficção. Na China havia o costume de se enfaixar os pés das mulheres, que, após muitos anos de dores insuportáveis, ficavam completamente deformados. O motivo? Simplesmente porque os homens achavam pés pequenos sexualmente excitantes. Numa tribo da África, os lábios da vagina da mulher são, desde a infância, esticados ao máximo, ficando pendurados entre as pernas, porque os homens julgam ser mais atraente. No Oriente Médio e na África, as próprias mães obrigam suas filhas a se submeterem à extirpação do clitóris e à infibulação, para satisfazer a expectativa do futuro marido. No Ocidente, observamos essas práticas com horror, mas, na realidade, não estamos tão distantes assim. As mulheres se esforçam para se enquadrar dentro de padrões de beleza definidos pelos homens. Convencidas de que a única forma de provar seu valor é agradando a eles, fazem de tudo. Gastam tempo, dinheiro e saúde - é comum passarem fome para se manter esbeltas - desenvolvendo, em alguns casos, doenças graves como anorexia e bulimia. A autora canadense Bonnie Kreps afirma que, quando se pensa numa mulher romântica, logo se imagina uma mulher sonhadora, delicada, suave, meiga, dócil. Como se veste? Tons claros, principalmente cor de rosa, e enfeites de rendas. É a mesma ideia que se tem da mulher feminina. Sua competência é limitada e sua sexualidade deve ser apenas do tipo passivo. O mito do amor romântico se opõe à autonomia pessoal. Quem aprova os papéis tradicionais de masculino e feminino, carregados de estereótipos, tende a buscar experiências amorosas do tipo romântico, longe da relação verdadeira com a outra pessoa. .

02 julho 2007

Ingredientes para o amor


Uma pessoa bem alimentada será capaz de exercer suas actividades de forma mais satisfatória.

Segundo essa visão, a escolha dos alimentos é fundamental para o bom desempenho sexual. Deve-se dar preferência a uma dieta que contenha frutos do mar, rica em fósforo, sal e muitos micro-elementos necessários ao nosso corpo.

A vitamina E, chamada de vitamina da fertilidade, é encontrada no gérmen de trigo e nos alimentos elaborados com farinha integral. A carência dessa vitamina leva à esterilidade, à impotência e a outros problemas sexuais.

O álcool, quando usado moderadamente, elimina as inibições e aumenta o fluxo sanguíneo nos vasos periféricos, como os do pénis. Em doses maiores, porém, tem o efeito oposto, reduzindo a velocidade das reacções nervosas e produzindo incapacidade sexual temporária.

Mas não é só através de comidas e bebidas que somos sexualmente estimulados. Entre os humanos, a atracção começa pela visão e pelo olfacto, que exercem um papel muito importante na arte do amor. Na entrada das narinas, por exemplo, tem um sensor que percebe os feromônios exalados pela pele, despertando o desejo sexual. O odor dos genitais e das axilas, por sua vez, viaja directamente para o cérebro, fornecendo ao parceiro todas as mensagens de interesse amoroso.

Os ingredientes afrodisíacos, entretanto, não têm capacidade de curar impotência ou frigidez, sendo destinados apenas a pessoas que querem
prolongar o prazer sexual. A ajuda de um especialista, nestes casos, é ainda a melhor solução.