A ARTE DE FAZER AMOR
como amar e viver com uma mulher
II Parte
RELAÇÃO
Antes sequer da relação começar, e mais uma vez repito, para que uma mulher atinja um orgasmo, necessita de estar relativamente à vontade com o parceiro (se for a primeira vez com alguém é menos provável ter um bom orgasmo), estar segura (saber que da relação nada de mal pode acontecer - engravidar, sida, etc), estar descontraída (não estar preocupada ou ansiosa com algum problema que a afecta), estar na intimidade (que naquele momento no mundo só existem ela e ele).
Uma relação normal comporta 4 fases comuns a ambos os sexos, mas de variação, modo e intensidade distintas.
· Excitação
· Palteau
· Orgasmo
· Relaxação
Irei falar apenas da parte feminina. A ideia geral é saber prolongar ao máximo as 2 primeiras fases, pois a intensidade na fase do orgasmo é em grande parte proporcional ao tempo dispensado nestas etapas. No início o homem deve tomar a iniciativa e executar correcta e prolongadamente a fase de excitação. Para a mulher estar pronta ele deve conseguir alimentar um desejo ardente e incontido de ser penetrada. É uma fase muito importante e da qual muito depende o sucessos das fases seguintes.
Tudo na mulher é mais lento em relação ao homem, mas também mais intenso. Deve-se ter isso sempre em mente, pois se a mulher não passar com sucesso por todas as fases, mesmo a última, a relação pode tornar-se um fiasco.
A fase de excitação pode ser quase instantânea no homem, e é fácil de detectar pela completa erecção do pénis. Na mulher ela cresce muito mais lentamente (pode ir tipicamente de 5 a 30 minutos). Caracteriza-se pelo aumento do fluxo sanguíneo em várias partes do corpo, como no rosto no pescoço e no ventre, aumento volume dos seios e erecção dos mamilos, lubrificação da vagina e dilatação dos lábios vaginais para prepararem a entrada do pénis. O grau de excitação de uma mulher é facilmente avaliado pela lubrificação vaginal.
Para obter a excitação necessária deve-se recorrer aos métodos descritos na secção anterior. Um ponto particularmente importante é a conveniente excitação do clitóris, feita na parte final dos preparativos. Está provado que a maioria dos orgasmos (os orgasmos clitoriais) estão directa ou indirectamente relacionados com a excitação do clitóris. Contudo, como o clitóris está numa posição muito elevada, na maioria das posições os movimentos de vai-e-vem do pénis apenas o estimulam muito indirectamente. Uma alternativa é estimulá-lo manualmente, mas isso nem sempre é possível em muitas posições, e por outro lado é melhor usar as mãos para outras coisas, como acariciar a sua parceira.
Um pequeno truque consiste em o parceiro fazer uma pressão contínua com o pénis sobre a zona superior da vagina onde se encontra o clitóris. A forma mais fácil de o fazer é ou com a sua parceira por cima de si ou então por as pernas abertas por cima dela de forma a envolvê-la e aplicar uma pressão forte e contínua.
Se o clitóris não tiver sido convenientemente excitado nesta fase, será necessário que a fase do plateau (com penetração) se prolongue por muito mais tempo para atingir o nível de excitação necessário. Uma melhor convenientemente excitada é capaz de atingir o orgasmo tão depressa como o homem (2 ou 3 minutos). Para muitas não é mesmo possível chegar ao orgasmo sem primeiro receberem uma boa excitação do clitóris.
A fase seguinte do plateau, começa em geral aquando da penetração. Aqui o melhor timoneiro do prazer é sem dúvida a mulher. Deixe ser ela a tomar as rédeas. Satisfaça os seus caprichos mais inebriantes. Elas vibram quando aquando da rendição ao seu domino absoluto. Não tenha medo, deixe-se guiar até o paraíso do prazer, onde elas são rainhas absolutas. Há homens que não apreciam ser as mulheres a tomar a iniciativa, pois julgam que isso os faz sentir inferiores. Além de ser um receio infundado, a sua arrogância vai impedi-lo (e a ela também) de chegar a maravilhosos recantos do paraíso do prazer, pois são caminhos que só uma mulher conhece.
No plateau o nível de excitação de ambos aumenta significativamente de inicio para continuar elevado sem contudo aumentar significativamente. É nesta fase que o homem tem de aguentar as rédeas e saber acompanhar a sua parceira. Nada de pressas. Manter um controlo da respiração, concentrar-se apenas na volúpia do prazer, dê rédeas soltas às suas fantasias sexuais. Não se ponha em cima dela como quem sobe para cima de um saco de batatas, para depois se por a "dar à bomba" freneticamente como quem vai a apanhar o último comboio. Calma, não existe comboio nenhum. Você vai é fazer uma viagem até às estrelas, e não se preocupe que já se encontra dentro do "veículo espacial". Deixe-se ir subindo pelas nuvens!
Relaxe-se e deixe-se embalar pelos movimentos harmoniosos e envolventes dos vossos corpos como se fossem vagas no oceano infinito alimentadas por uma brisa suave. Ouça os sons melodiosos da sua companheira denunciadores do seu prazer incontido. Goze estes momentos únicos e deliciosos. Esta parte é tanto ou mais importante que o orgasmo em si. Por isso faça a sentir à sua parceira que você é naquele momento o homem mais feliz do mundo e que ela lhe dá um prazer descomunal. Diga-lhe isso. Em geral as mulheres adoram que lhes digam palavras de paixão e carinho quando estão a ser penetradas. Diga-lhe que ela é a mais bela do mundo, que a ama, diga-lhe como adora as suas nádegas e os seus seios enquanto os acaricia. Sinta-a vibrar sensualmente aos seus toques como um diapasão. Concentre-se verdadeiramente naquilo que está a fazer, esqueça-se que o mundo existe. Voe com ela até às nuvens, sonhe, sonhe, sonhe. O prazer não vem do seu pénis, mas quase exclusivamente da sua imaginação. Não há nem espaço nem pessoas, nem passado nem futuro. Tudo se concentra e se esmaga entre os vossos corpos possuídos pela paixão.
Mantenha a respiração profunda e ritmada pelo movimento de vai-e-vem como numa endurance. Uma boa forma física ajuda imenso nesta fase. A respiração é importante para oxigenar os músculos e não perder o controlo, como sabem muito bem as mulheres que já tiveram um filho.
Quando o prazer sobe a um pico em que se tornar difícil de controlar, o nível de excitação sobe mais uma vez acentuadamente para atingir o santum santorum. A mulher fica com o rosto muito vermelho, os lábios da vagina ficam ao rubro e a aureola em torno dos mamilos fica ainda mais inchada quase que dissimulando a erecção destes. Aí pode esquecer-se da respiração os vossos corpos estão já completamente fora de controle. Deixe-os esmagarem-se.
Há mulheres que tem dificuldade em passar da fase do plateau. Mas se continuar a excitá-la convenientemente com as suas caricias e mantiver o ritmo de penetração, ela não tem outra saída que não seja um orgasmo.
Orgasmo
O orgasmo é o principal objectivo a alcançar numa relação. (As horas, os jantares, os presentes e as atenções que muito homens tem de "gastar" para ter acesso a uns ínfimos segundos de prazer!) Embora esse objectivo seja cumprido para a maioria dos homens, nas mulheres a taxa de sucesso é muito mais baixa, segundo alguns autores 50% da mulheres nunca tiverem sequer um orgasmo.
É difícil para um homem detectar quando uma mulher tem um orgasmo. As mulheres são peritas na simulação, e muitas das vezes simulam ter atingido o orgasmo apenas para dar prazer ao seu parceiro, para que este não se sinta incompetente. Um homem gosta de deixar a missão cumprida! Grande parte da sua satisfação é estar convencido que está a dar prazer à parceira - o reciproco também é verdade, mas talvez em menor grau. Há mulheres que não sabem se alguma vez tiveram um orgasmo. Elas só saberão quando um dia sentirem um verdadeiro, pois a sua sensação é muito intensa e única.
Existem vários tipos de orgasmo feminino, cujo número varia segundo os autores, mas que na minha opinião e conhecimento os seguintes são básicos:
· Clitorial
· Vaginal
· Orgasmo do ponto G
O primeiro é de longe o mais fácil de atingir e o mais comum. Este orgasmo está directamente relacionado com a excitação do clitóris, e a sensação de prazer vaginal é localizada sobretudo nessa região. Caracteriza-se primeiro pelo aparecimento de uma onda de prazer sobre a forma de uma contracção espasmódica e involuntária dos músculos que se propaga por todo o corpo. Os músculos do perineu, na entrada da vagina, contractem-se violentamente em torno da base do pénis, e sente-se como uma sensação de contracção e sucção sobre o pénis. Nesse momento o útero sobre uma ascensão. Segue-se depois uma sensação de libertação como uma "ejaculação" com um prazer muito intenso localizado ao longo do canal vaginal. A vagina é intensamente lubrificada por uma forte secreção no momento do orgasmos (mulher deixa-se "vir"). Durante o orgasmo o clitóris contrai-se para voltar a erguer-se pouco tempo depois. Mas ele não deve ser tocado, pois pode provocar dor.
O orgasmo vaginal, está mais indirectamente relacionado com clitóris. A sensação de prazer é maior, mais longa e difusa por todos os músculos vaginais. Para atingir este orgasmo é necessário um estimulação mais longa de toda a vagina a um ritmo constante. Aquando do orgasmo a vagina produz uma abundante lubrificação (ejaculação feminina).
Numa mulher o orgasmo pode assumir várias formas. O normal é um orgasmo de alguns segundos (tipicamente 5 a 15 segundos). Mas pode ter um orgasmo mais longo (até 1 minuto), ou ainda orgasmos múltiplos, tudo depende da sua condição física e psicológica e da atenção do parceiro. Os orgasmos múltiplos podem ser de duas formas. Ritmados como que em cascata com intervalos de apenas alguns segundos e durante poucos minutos.
Ou então, uma vez que o nível de excitação na mulher decai muito lentamente, se o parceiro continuar os movimentos de vai-e-vem, ela pode voltar a subir o seu nível de excitação e voltar ter um outro orgasmo após poucos minutos (1 ou 2) e de intensidade semelhante ao primeiro. Em casos muito excepcionais, a vaga de orgasmos pode prolongar-se por um tempo muito longo. Alguns instantes após o primeiro orgasmo a mulher sabe se vai ter outro ou não. O parceiro deve estar pois atento e deixar se ela a comandar as operações.
Após um orgasmo segue-se um momento de grande alívio e relaxação da tensão acumulada. É a bonança depois da tempestade.
Um homem não deve sentir-se mal por ele só conseguir um orgasmo. Antes pelo contrário, deve sentir-se feliz por ter conseguido proporcionar um prazer tão refinado à sua parceira. Há algumas técnicas que podem ajudar a retardar a ejaculação e até a ter orgasmos múltiplos sem ejacular. Falarei mais à frente delas.
O orgasmo perineal ou orgasmo do ponto G é o orgasmo que está relacionado com a excitação de uma zona profunda e de grande sensibilidade na parte superior da vagina designada por ponto G. É um orgasmo curto, intenso e violento, que pode levar facilmente uma mulher ao sétimo céu. É mais difícil de obter que o orgasmo clitorial pois necessita de uma penetração muito prolongada e profunda que estimule essa zona do ponto G. Muitas vezes só é possível atingi-lo numa posição em que a mulher está por cima. Pode-se ajudar a estimulação desta zona fazendo pressão com a palma da mão por baixo do útero da mulher ou através do controlo dos movimentos do pénis no interior da vagina.
A estimulação do ponto G deve ser feita após a mulher ter atingido o orgasmo clitorial, pois antes ela ainda não está preparada e irá apenas distrai-la com uma sensação de prazer muito difusa. Por outro lado, como após o orgasmo clitorial o clitóris fica doloroso ao toque, é a altura certa de iniciar a estimulação profunda do ponto G (a posição de missionário não é a mais indicada. É melhor deixar a mulher vir para cima de si). Para isso, deve manter a pressão externa por baixo do útero com 1 ou 2 dedos cerrados e continuar a penetração profunda constante a uma cadência ritmada (não muito lenta nem muito rápida), ao nível do ponto G.
Ao contrário do orgasmos clitorial, o orgasmo do ponto G caracteriza-se por uma sensação de vazio nessa zona e uma contracção para baixo de todos os músculos da cintura pélvica. Sente-se o útero a deslocar-se para baixo como que para ir preencher o vazio que se faz sentir na sua base indo à procura do pénis para o envolver.
Depois do orgasmo do ponto G, a estimulação deve voltar a ser redireccionada para as zonas exógenas envolventes do clitóris. A mulher pode obter um novo orgasmo clitorial. Nesse momento, pode voltar-se a excitar o ponto G repetindo assim o ciclo. Esta sequência de orgasmos pode prolongar-se varias vezes, durante mesmo horas, mas é extremamente rara.
Nem todas conseguem obter esse orgasmo e não é claro para os investigadores que ele exista de todo. Por isso não ponha muita enfânse na sua conquista.
Truque: quando estiver na relação aplique uma pressão constante na parte superior da vagina para aumentar a excitação do clitóris. Isso pode ser mais facilmente obtido se puser as suas pernas bem abertas por cima da sua parceira envolvendo-a.
Relaxação
Tal como a fase de excitação, o relaxamento na mulher é muito mais lento e gradual que no homem, e pode durar 5 minutos, ou até horas. Contrariamente ao que se possa pensar, é uma parte muito importante para um mulher. É o momento em que ela assume a consciência para saborear a sua obra prima. É a altura da ternura e carinho e de lhe mostrar o quanto feliz se está. Há mulheres que consideram que esta parte pode ser tão boa para elas como o orgasmo. Uma conversa de amor entrelaçada nos braços daquele que ama, pode ser a parte mais inesquecível daquela noite.
O pior que pode fazer a uma mulher após ter feito amor é por-se para a lado e começar imediatamente a dormir, ou levantar-se e ir para a casa de banho. Isso irá quebrar instantemente toda a magia daquele momento e vai deitar por água abaixo tudo o que se fez até aí. Lembre-se sempre, tudo conta para uma mulher, nenhuma parte pode ser esquecida sob o risco de ocorrer um completo fiasco. É como preparar um foguetão para descolagem: todos os pormenores tem de ser cuidadosamente preparados, uma falha mínima é o desastre. Uma mulher precisa de ternura depois de fazer amor. Algumas gostam de conversar, e umas palavras meigas, uns beijos suaves caem sempre bem. Há quem não goste de falar, e nesse caso pode permanecer calado (antes calado que começar a falar de futebol, ou fazer comparações com outras vezes, ou outras palermices quaisquer). Mas seja como for, o que a acabaram de fazer representa para a mulher uma obra prima valiosa e de grande fragilidade. Ter o máximo cuidado, pois ao menor descuido aquilo que foi uma odisseia encantada pode tornar-se numa catástofre.
COMO MELHORAR O AMOR: Exercícios do amor
Para que fazer amor seja o mais agradável possível, aparte dos factores ambientais, psicológicos e outros que são muito relativos e não aqui descrever (pode ver qualquer livro da especialidade), existem outros factores importantes que irei aqui abordar.
Primeiro de tudo os parceiros devem preservar uma boa forma física. Antes de mais o exercício faz a pessoa sentir-se bem fisicamente, condição primeira para qualquer relação com sucesso. Um exercício regular é muito importante não só para o resultado de uma relação, como para estimular o libido.
MULHER:
O corpo para um mulher é uma espécie de obsessão, especialmente os seios, as pernas e o rabo, que são as partes mais apreciadas pelo homem. Mas não exagerem, nem façam exercícios exclusivamente para eliminar a celulite (o inimigo numero 1 da mulher) ou para estar bronzeadas e todo o resto. Embora isso dê mais autoconfiança à mulher e a faça sentir bem, garanto-vos que é de uma importância quase nula na satisfação sexual.
Se procuram obter uma máxima satisfação sexual, façam então dois tipos distintos de exercícios:
* exercícios regulares de endurance que mantenham o organismo saudável (jogging, natação, ciclismo, etc)
* exercícios exclusivamente relacionados com a função sexual, como os músculos do perineu.
Para o primeiro tipo existe um panóplia de livros e ginásios e não irei falar mais deles. Quanto ao segundo, a literatura é de um silêncio sepulcral. São os músculos proibidos. Se algo devia ser proibido era as cenas de violência gratuita que todos os dias os canais de TV nos presenteiam e que invadem perniciosamente milhões de lares onde supostamente as crianças deviam estar a ser educadas. Mas não me cabe a mim mudar os valores da nossa sociedade tacanhos, arcaicos e quase sempre paradoxais.
Exercícios para mulheres. Agora é que reparei, eu estou sempre a dizer mulher e não menina ou senhora. Acho que a palavra mulher é mais natural e feminino. É uma expressão que de alguma forma lhe tira a idade e o status e também a roupa. É a apresentação da forma feminina em todo o seu esplendor natural.
Como com todos as outras partes do corpo, um bom treino e coordenação dos músculos da vagina e envolventes pode melhorar significativamente o prazer sentido numa relação sexual. Por varias razoes, primeiro porque existe uma correlação entre a intensidade das contracções musculares durante o orgasmo e o prazer sentido. Depois porque a excitação indirecta do clitóris durante a penetração é mais intensa, e finalmente porque o seu parceiro irá sentir um prazer redobrado quando conseguir controlar os músculos para "abraçar" o seu pénis.
O problema é que estes músculos raramente são utilizados e são em grande parte involuntários, ou seja não os conseguimos controlar como fazemos com os músculos da boca ou dos braços. Mas pode-se melhorar substancialmente a sua tonicidade. Os exercícios realizados pelas grávidas são excelentes para fortalecer, dar elasticidade e controlar os músculos do perineu. Existem várias formas de os fortalecer, o método mais comum são os chamados exercícios de Kegel. Estes exercícios são simples e podem ser feitos regularmente em qualquer lugar.
Uma técnica simples de fortalecer o perinieu é o chamado pipi-stop. Quando esta na casa de banho, use o perineu para parar por uns segundos o fluxo de xixi. Depois relaxe e pare novamente. Assim sucessivamente. Pode fazer estes exercícios de contracção e relaxação mesmo sem fazer xixi, quando está sentada ou no autocarro. Fazer todos os dias.
Os músculos interiores podem ser treinados usando umas pequenas esferas de 20 a 100g revestidas de plástico e ligadas por um cordão. Servem para se introduzir na vagina. A ideia é mante-las seguras na posição vertical por alguns minutos. 1 vez por dia. Deitada de costas, introduza-as lentamente contrariando a sua ascensão por um esforço de expulsão. Depois retire-as contrariando a sadia com um esforço de sucção.
HOMEM:
Um homem deve ser capaz de manter um erecção um tempo suficientemente longo (pelo menos 10 minutos). Isso nem sempre é fácil de conseguir. A confirmá-lo as estatísticas que mostram que a duração média duma relação é de cerca de 3 minutos. Tempo manisfestamente insuficiente para muitas mulheres. O que fazer?
Felizmente para muitos que para resolver este problema não é necessário fazer musculação todos os dias. As partes do corpo que vai necessitar de exercitar são talvez aqueles que menos usa no dia a dia: o muscúlo do perineu e ... o cérebro!
Primeiro que tudo um homem deve aprender a controlar a sua energia sexual. Há homens que tem o orgasmo ao simples contacto com a vagina. Para controlar a sua excitação ele deve primeiro conhecer-se. Saber a que nível de excitação está em cada momento, como manter ou baixar esse nível e quando é que vai entrar no ponto de não retorno antes de ejacular.
A melhor forma é começar sozinho em casa. Deixe excitar-se até um certo nível e depois pare até baixar de nível. Recomece-se até chegar a um nível mais elevado e volte de novo atrás. Prossiga assim até chegar ao máximo de excitação, percorrendo os vários níveis, durante pelo menos 15 minutos. A ideia é aproximar o ponto de não retorno lentamente e a muito baixa "velocidade". Imagine que vai num carro a descer um rampa no final da qual se encontra um precipício. Se não aplicar travões ao longo da descida, vai-se precipitar no vazio muito rapidamente. Essa rampa é muito traiçoeira, pois é exactamente no final que o declive é maior. Portanto não basta ir travando, tem de estar preparado para travar a fundo no momento decisivo. Nunca deixe o seu veículo fora do controle. Aí esta tudo perdido.
Mas como travar o automóvel que pretende deslizar loucamente por essa rampa. Existem algumas técnicas para isso. São de dois tipos.
Técnicas que envolvem a interrupção da penetração:
1. Usar um dedo para aplicar uma pressão (não muito forte) por detrás da cabeça do pénis, ou na sua base;
2. Aplicar por uns segundos um pequeno saco com gelo sobre a cabeça do pénis para "arrefecer os ânimos".
Há também as técnicas não intrumissoras, ou seja, em que não é necessário proceder a uma "retirada estratégica". Consistem nalgumas das seguintes opções:
1. Parar por uns instantes, ou abrandar o movimento de vai-e-vem
2. Dispersar o seu pensamento por coisas não eróticas ou mesmo anti-eróticas (pensar, glup!, que de repente aparecia ali a mãe dela)
3. Deslocar a excitação para outras zonas que não o pénis
4. Abrir bem os olhos e respirar pausada e profundamente
5. Aplicar uma pressão na base do pénis usando os músculos do perineu
Esta ultima técnica é das mais eficazes e não tem a desvantagem de ter de se parar ou retirar cartapácio para fora. Muitas mulheres não só não gostam, como podem ficar imediatamente sem vontade de continuar. Para fazer isso, tem de todos os dias treinar os músculos aplicando uma pressão forte como para parar de fazer xixi. Faca 20 contracções de 1 segundo 3 vezes ao dia durante 2 ou 3 semanas.
Pode fazer o exercício sozinho ou com a ajuda da sua parceira. Antes de iniciar a relação peça-lhe a ela para fazer um aquecimento dos "motores" e sobretudo dos "travões" e "pneus" para melhorar a aderência. Estes teste de ensaio são importantes. Vá subindo lenta e gradualmente de nível ate achar que está pronto a ir para o "terreno". A sua performance vai depender muito da ajuda da sua companheira. Deve dizer-lhe que nível de excitação está a sentir para ela poder ir controlando.
A masturbação
A masturbação sempre foi um tema tabu. Embora várias inquéritos mostrem que quase 100% dos homens e uns 3/4 das mulheres se masturbem, principalmente na puberdade, este acto é tido como perverso e anormal. Quem se masturba sente-se muitas vezes culpado por a sociedade considerar que este acto é típico dos tarados sexuais e dos anormais, e até que prejudica a saúde. Ora isso é incorrecto. A masturbação é um acto de grande sensibilidade e de descoberta do nosso corpo e que pode proporcionar prazeres muito interessante e não tem nada de anormal.
Alguns estudos mostraram que, a percentagem de mulheres que obtêm regularmente o orgasmo é maior naquelas que se masturbam. A masturbação não tem nada de mal é uma forma de reforçar o erotismo, alimentar as fantasias sexuais, bem como o libido. Atenção que não estou a dizer para toda a gente se começar a masturbar e que seja normal uma pessoa masturba-se obsessivamente (se o faz é porque tem algum problema de ordem psicológica). Apenas que se alguém estiver só ou sentir os seus pensamentos serem arrastados para o erotismo, que se deixe levar pelos seus sentidos até o ponto que quiser. Muitos homens, e principalmente as mulheres sentem um vazio e por vezes uma depressão após uma masturbação. É compreensível, pois estamos a iludir o nosso organismo com uma coisa que fica muito aquém de uma verdadeira relação sexual.
A masturbação masculina é relativamente simples e bem conhecida. Apenas farei referencia ao sexo oral. Os prazeres que um homem pode retirar da sucção do pénis por uma boca hábil de mulher podem ser incomparavelmente maiores que quando este a penetra. A glândula do pénis é muito sensível e, usando saliva para lubrificar, a sucção dos lábios e os carícias da língua arrancam uivos de prazer a um homem. A mulher também se excita consideravelmente. Há quem goste de sentir o esperma na boca, mas outras não apreciam o sabor um pouco ácido.
Quanto à masturbação feminina, ela consiste sobretudo nas caricias nos lábios vaginais e no clitóris após erecção. Podem-se usar vibradores e outros apetrechos, mas pode-se obter grande prazer usando unicamente as mãos. A mulher pode ainda masturbar-se no ponto G. Para isso vá à casa de banho e após fazer xixi, permaneça na sanita e introduza dois dedos profundamente na vagina e vá pressionando a parede superior até localizar o seu ponto G. É uma zona mais sensível que pressionada faz sentir uma vontade de fazer xixi novamente e um bem estar agradável. Continue a massaja-la enquanto o prazer aumentar. Pode depois continuar a masturbação na cama.
Uma forma original de obter prazer numa relação é uma masturbação mutua, ou cada um dos parceiros masturbar-se em frente do outro sem sequer haver contacto físico. Ao contrário do que se possa crer, isto é muito excitante pois alimenta abundante a imaginação e poder originar prazeres intensos em ambos.
Fantasias sexuais
As fantasias sexuais são muito comuns, sobretudo nos homens. Ao contrário do que se pensa, esse excitante imaginário de deboche e afrodisiase não significa que se tenha uma mente preversa de um(a) tarado(a) sexual. Mais ainda, as fantasias (como fazer amor com outro homem que não o marido) não trazem nada de pernicioso nem nefasto para relação conjugal. Embora muitos homens também as tenham, provavelmente a maioria dos maridos ficariam chocados se soubessem que a mente das suas esposas era possuiada por essas fantasias. Por essa razão elas raramente as confessam. Mas eles devem saber que as fantasias vivem apenas no imaginário feminino e que a maioria das mulheres que as têm não mostram nenhum intenção de as concretizar. Servem apenas para sonhar e orientar os sentidos quando se está ou se quer ficar excitada.
As fantasias ocorrem muitas vezes espontanemante sem que nós tenhamoas qualquer controlo. Elas podem ser alimentadas por livros ou filmes eróticos, pois faz aguçar o apetite. Os homens pensam que os filmes X não as interessam, antes lhes faz asco, e por isso vêem-nos às escondidas da esposa. Certo que muitas assim o acham, e com razão, pois quase todos os filmes são concebidos para satisfazer apenas o libido masculino, que tem pouco a ver com o feminino. Mas eu creio que a maioria das mulheres gosta de apreciar um bom filme erótico que além de sexo duro e crú tenha também muita sensualidade e erotismo.
Numa dose moderada as fantasias são óptimas. Como todo o prazer é coordenado pelo nosso cérebro, as fantasias sexuais são óptimas para criar desejo sexual, espicacar a imaginação e alimentam a criatividade. As fantasias são adequadas à necessidade, principalmente das mulheres, de fazer do sexo um acto criativo, original, ousado, como uma criação artística. No fundo, é nos aspectos sentimentais e sexuais que as mulheres melhor expressam, a sua criatividade, que mais as faz sonhar. Os homens são mais abstractos, menos sensíveis talvez, a esta forma de criação artística e de necessidade de criar, de inovar, de transgredir. Por exemplo, uma fantasia comum nas mulheres mais púdicas e de "boa educação" é a de serem possuidas à força. Isso parece satisfazer a sua curiosidade e o seu inconsistente que associa o amor à criatividade, ao quebrar as regras e ir loucamente à aventura.
As fantasias são muito importantes para as mulheres uma vez que, ao contrário dos homens, a sua mente não reage tão rápidamente aos estimulos sexuais e é menos capaz de se desligar dos problemas do dia-à-dia. Como já vimos, para que uma mulher possa ter prazer máximo numa relação e receber satisfação por todos os sentidos, a sua mente deve estar completamente solta, liberta das coisas mundanas e possuida unicamente por desejos de prazer associados à sensualidade e ao sexo.
As fantasias podem ser de vários tipos, desde a simples imaginação de ser beijada por um homem que se viu na rua, até cenas de sexo em grupo. Infelismente muitas vezes esses pensamentos são veementemente reprimidos. Mas a mulher deve desinibir-se e aprender a aceitá-los e a gozar a satisfação quando a sua mente deambular por situações excitantes. Aceitar as fantasias é aceitar-se a si própria tal como é e não como a sociedade espera que você seja. Parece no entanto não ser muito comum a mulher ter fantasias enquanto está a fazer amor com o parceiro.
Heis algumas fantasias comuns nas mulheres.
· Ser acariciada e beijada ternamente por um homem
· Lembrar-se de outra relação
· Ser desejada por muitos homens
· Fazer amor com outra mulher
· Fazer amor em locais proibidos ou perigosos
· Ser forçada a fazer amor
· Ser observada por uma audiência enquanto faz amor
O primeiro item da lista é de longe o mais comum. Num estudo efectuado em vários paises anglo saxónicos cerca de ¾ das mulheres afirmaram ter esse tipo de fantasia. Mais, embora a maioria se manisfesta-se pouco entusiasmada por uma relação extra-conjugal com sexo, uma percentagem superior a 50% afirmou estar potencialmente interessada em partilhar apenas carícias (sem sexo) com outros homens. Intrepreto isto como: i) o sexo é muito especial para uma mulher e que ela não tem interesse em fazê-lo com qualquer um, mas de preferencia com o homem que partilha a sua vida; ii) apesar disso, a maioria aprecia ser seduzida, cortejada e desejada. Desde que da parte do homem não haja pressões ou sentidos preversos de obter sexo, muitas apreciam ser tocadas e mimadas não só com palavras como com carinhos.
No caso dos homens as fantasias envolvem sobretudo sexo explícito com uma mulher, normalmente alguém que se conhece (raramente uma estranha): uma amiga, colega de trabalho, etc. Envolveme muito mais contactos físicos e desprovidas de cenários: resume-se à presença da mulher.
As fantasias são uma forma de alimentar um desejo inconsciente que não se pode ou não se quer realizar. É, até certo ponto, semelhante ao vício do jogo ou do alcóol: alimenta necessidades de satisfação física ou psíquicas que o organismo não consegue obter na realidade - quer por incapacidade, quer por proibição. No caso do sexo pode ser o voyeurismo, o exibicionismo, o fetichismo, ou a sodomização. Tal como outros vícios, as fantasias são uma fuga à realidade. Como todas as fugas, elas podem ser toleradas mas só até um certo ponto. Caso contrário corre-se o risco de elas de tornarem um substituto da própria realidade. Portanto cuidado: as fantasias constituiem um excelente afrodisíaco, mas em excesso são um sinal que algo está mal. Um dos sinais preocupantes é depender-mos delas para ter prazer.
Tentado uma explicação freudiana, diria que as fanatasias correspondem a arquétipos oriundos do nosso passado animal. O macho sempre pronto a copular com o máximo de fêmeas, a fêmea a ser cortejada e disputada pelos machos. Há fantasias muito bizarras. Por exemplo, o caso de uma mulher que confessou ter obtido o maior prazer da sua vida numa relação em foi violada! Algumas fantasias estão ligadas a actos de masoquismo na mulher. Talvez isso se deva à sua história de submissão forçada à vontade do homem, ou então à expressão animal de ser conquistada. Seja como for, as fantasias existem sem que tenhamos boas explicações para elas.
Incluir mais detalhes sobre as fantasias sexuais e a conversação picante, nomeamente a sua importancia na estimulação da mente para a relação da mulher. Mas as fantasias podem satisfazer ainda outro objectivo se forem bem usadas pelo homem. Como já disse, o principal canal para se chegar ao coração de uma mulher são os ouvidos. Ou seja, é sobretudo pelas palavras convenientes que se seduz uma mulher.
Infelizmente, muitas mulheres, condicionadas sentindo-se culpabilizadas pela sociedade, reprimem veementemente as suas fantasias e muitos desejos libidinosos. Isso é mau, pois por um lado torna-as sexualmente mais frias e insensíveis, e por outro faz com que essas necessidades subconscientes não satisfeitas acabem por derivar em tensão que muitas vezes é canalizada para atitudes como a inveja, o ciume, a indiferença, ou a depressão. Estou convencido que boa parte da frieza e maldade atribuidas às mulheres tem a sua origem nestas frustrações sentimentais e sexuais: repressão do desejo, ausência de amor e de fantasia, incapacidade ou impossibilidade de mostrar a sua sensualidade, falta de atenção, etc.
Muitas mulheres sentem-se culpadas por as suas fantasias serem com outros homens e não com o marido. Mas, e mais uma vez, elas devem saber que as fantasias são para sonhar e não para se concretizar.
Uma advertência final: Cuidado ao revelar as fantasias ao seu parceiro. Alguns homens podem reagir muito mal às fantasias das suas esposas, julgando estar a ser traídos.
II PARTE: Os aspectos sociais da sexualidade
Introdução
Antes de mais quero deixar claro o seguinte: sexo só por si pouco significado possui. Ele só o adquire quando inserido num contexto emocional ou sentimental. Sexo só por sexo é algo sem sentido, um acto egoista de afirmação vã. Esse desejo, existe sobretudo nos homens e está normalmente envolvido de contornos ou de patologia mental ou de uma infância traumatizante de abusos ou de repressão ou fria e sem sentimentos. Embora esses casos sejam relativamente frequentes sobre eles não me irei pronunciar.
O sexo é uma espécie de acuçar: sózinho fere o paladar, mas quando misturado com outros ingredientes dá origem a delícias supremas. Sexo é sobretudo um acto de união espiritual, não apenas física. Sexo não é orgasmos colossais ou fornicar de meia em meia hora. Sexo não se mede pela duração da relação o número de vezes ou qualquer outra coisa. Sexo não é uma luta mas antes uma partilha.
Sexo não deve ser uma afirmação de masculinidade ou de feminidade ou do nosso ego. Muito pelo contrário ele é antes uma diluição da nossa sexualidade. É uma entrega do homem à mulher e vice-versa. Sexo é por isso a etapa mais sublime de uma união espiritual. É algo que quanto mais damos mais ficamos preenchidos.
Hoje em dia fala-se muito de sexo e pouco de amor. Obsecados pela eficiência e pela optimização, descarnámos as relações humanas de tudo o que parecia uma superfula perda de tempo e de "recursos". Não há tempo a perder, temos de ir directamente àquilo que interessa. Assim os relacionamentos foram destilados de elementos que aparentemente só fazem perder tempo, dinheiro e paciência – sobretudo aos homens. Se não temos tempo a perder noutras coisas da vida porque não ir directamente ao que “interessa” num parceiro(a) que sentimos uma grande atracção? Ou seja sexo. Afinal não se sabe muito bem que é isso que os homens procuram por detrás de uma dessimulação bem argumentada?
Se seguir-mos esta lógica não é de estranhar pois que coisas como romance e amor estejam em vias de extinção. Não é mais um reflexo do vazio de valores espirituais da nossa sociedade e da obcessão pelo pragamtismo, pelo dinheiro, pelo sexo.
Contudo uma sociedade sem amor e sentimentos é uma sociedade não de pessoas mas de máquinas. Uma sociedade pobre.
Homem, mulher e família
Manter viva uma relação a dois é uma tarefa difícil que poucos casais se podem vangluriar ter atingido. A habituação, a monotonia e a rotina podem erodir ou mesmo apagar a mais ardente paixão. É um processo que pode levar meses, ou anos, mas acabará por acontecer.
Por outro lado o ser humano, especialmente o macho, é ainda fortemente heterogâmico. O resultado está à vista: mais de metade dos casais nas sociedades modernas acabam no aldutério e maioria destes no divórcio. É uma percentagem que tem crescido de um forma assustadora. A cohabitação é escolhida em detrimento do casamento. Em certos países a percentagem de celibatários é superior aos que vivem unidos matrialmente. A percentagem de filhos que nascem de casais em cohabitação é superior aos casais oficiais.
Não me é tanto o divórcio que me preocupa. Como diz o ditado antes só que mal acompanhado. O que me preocupa é a aniquilação da família. Primeiro foi a passagem de familia alargada para familia nuclear em meados deste século e agora nem isso parece ter resistido. A família é mais uma das organizações sociais que cedeu à vaga cega contendo uma mistura de individualismo, incapacidade de criar compromissos, procura do prazer imediato, fuga ao amanhã. O que me preocupa são as crianças e a sua educação. Preocupa-me a substituição do pais, irmãos e avós pelos infantários, escolas e lares de terceira idade.
Considero isto algo de no minímo preocupante. Creio que a família constituí a principal célula social indispensável, não só para o bem estar e a estabilidade sentimental e emocional dos cônjuges, mas sobretudo para a educação dos filhos.
A razão principal porque o número de divorcios não é maior nas sociedades mais tradicionalistas como a nossa não se fica a dever tanto ao facto de os conjuges viverem felizes mas de as mulheres serem altamente restringidas na sua condição social e económica. Elas preferem suportar a sua infelicidade a suportarem a infelicidade dos filhos e dos familiares. Vendo-se impedidas de ser livres resignam-se a permanecer submissas aos maridos que as não respeitam e que muitas elas por sua livre vontade abandonariam.
Será que com a libertação da mulher e a vida profissional centrada no indivíduo o casamento está condenado ao desaparecimento como advogam alguns autores de ficção cientifica? Como evitar a degradação da família? Ou então a deixar expressar livremente a sua sensualidade e, tal como os homens, poder seguir os desejos da sua carne.
Já vimos que existem dois planos essenciais na satisfação de uma mulher: o sexual, e o sentimental. Apenas direi que a satisfação sentimental é uma condição necessária, mas não suficiente, para a satisfação sexual.
A fidelidade e o adultério
O problema é que a satisfação sentimental e a satisfação sexual são muitas vezes, e paradoxalmente, incompatíveis a longo prazo. São muitas as mulheres, e ainda mais os homens, que ao satisfazerem a sua componente sentimental (carinho, atenção, respeito, estabilidade, filhos), começam a sentir falta duma paixão ardente. Algo que as(os) faça vibrar. Há um desejo de viver momentos de conquista, de romance, de paixão e de loucura. A estabilidade parece pois não ser boa parceira e do prazer e do romance.
Esta é uma das razões pela qual muitas pessoas casadas são tentadas por flirts ocasionais. Isso alimenta a sua necessidade sexual de atração e aventura emocional que a monotonia do seu casamento não é capaz de satisfazer. Desde que o parceiro não saiba, o(a) amante seja audaz e competente, pode-se gozar extraordinariamente com esta dupla vida sexual. Neste aspecto as necessidades da mulher aproximam-se da dos homens, com uma importante diferença: as mulheres precisam absolutamente de um fundo estabilidade e de satisfação sentimental proporcionado quase sempre pelo casamento
Estamos perante um dilema complexo: seguir os designios de prazer do nosso corpo ou permanecer fiel ao casamento e manter uma felicidade conjugal talvez menos intensa, mas certamente mais duradoura. Trocar um loucura a curto prazo por um prazer talvez menos arrebatador, mas pelo menos garantido. Como resolvê-lo? Vamos primeiro tentar compreender as razões pelas quais uma pessoa satisfeita sentimentalmente comete o adultério.
A precentagem que comete adultério é muito mais baixa nas mulheres que nos homens (embora em certos países ela se tenha vindo a aproximar). **Cerca de 90% das mulheres casadas sentem um desejo latente de ter sexo com um amante só para gozar, e 72% delas após 10 anos de casadas já o fizeram. Isto são dados obtidos por estudos feitos lá na terra dos "cobois" por volta dos anos 70. Actualmente as coisas devem estar muito piores.
É caso para pensar coisas do género "Essas cabras infiéis. Arranjam quem lhes pague as roupas e os carros, e depois vão divertir-se com o vizinho". Mas, tenha cuidado com a língua, caro leitor. Como diz o ditado, “quem tem telhados de vidro não atira pedras ao do vizinho”. É que nos homens a taxa de infidelidade potencial rebenta a escala! Há parte de pouquíssimas excepções, todos os homens são potencialmente capazes de um dia escorregarem no corpo de alguma garina mais atrevida, de uma amiga ou, pior ainda, numa prostituta.
Se muitos acham que fazem parte desta excepção, pelo menos assim o argumentam com as esposas, desiludam-se. O mais provável é que façam parte do grande clube dos potencialmente infiéis. Talvez não o saiba, por ser padre, feio, ou então, que é o mais certo, porque nunca lhe terem surgido uma oportunidade que fizesse o seu pobre corpo falar mais forte que o seu espírito. Portanto, caro leitor, encare a realidade. Potencialmente a probabilidade de a sua esposa, mas sobretudo você, ser infiél é elevada. Mas não desanime ao constatar o quanto fraco você é. Pois, isto é apenas um potencial, não quer dizer que ocorra. Se você quiser ser mesmo fiel, é fácil. Diminua o risco. Evite andar só, ausentar-se muito tempo do seu lar, frequentar discotecas e bares sózinho, evite contactos com mulheres solteiras, viúvas e principalmente divorciadas na casa dos 30 e dos 40 (que estas me desculpem, mas estatisticamente este é o maior grupo de “risco”).
Mas principalmente esforce-se por ser feliz com a sua esposa. Ame-a, parti-lhe com ela as suas alegrias e ansiedades. Mantenha o amor vivo. Vai ver que se vai sentir muito mais feliz do que coleccionando flirts efémeros. A sua esposa, os seus filhos e os seus familiares agradecem.
O amor na vida a dois
Mas porque comete uma mulher o adultério? A razão parece estar relacionada com a sua psicologia. É que para uma mulher, a feminidade e a sensualidade são formas de expressão e comunicação muito importantes para o seu ego e o seu bem estar interior. Ela usa-as para seduzir e conquistar. O desejo sexual que suscita nos homens dá-lhe uma sensação de poder e controlo. Confere-lhes uma intensa satisfação e realizaçao. Por outro lado, o adultério serve para afirmar a sua personalidade e chamar a atenção para mostrar ao marido desatento o quanto ela tem para dar. Poucas resistem a estes jogos de sedução sensuais/sexuais com alguém que lhes interessa.
No entanto, ser infiel é como roubar na expectativa que não ser apanhado. É um jogo arriscado que não aconselho. Um marido ou uma esposa infiél, comporta-se como um ladrão: após ter roubado a primeira vez sem ser apanho, a probabilidade de roubar a segunda vez é maior. Entra-se assim num ciclo vicioso do qual dificilmente se consegue sair até que inevitavelmente se seja apanhado. Um marido que se saiba traído é quase sempre um marido perdido e isso significa uma família desfeita.
Mas exite uma outra forma de resolver este dilema: evitando-o. Como? De duas formas. i) mantendo a chama do amor viva; ii) abrindo o seu espírito e procurando formas mutuamente aceitáveis de ela/ele satisfazer os seus desejos sem que voçê sofra com isso. De longe prefiro a primeira hipótese. A segunda deve ser experimentada apenas como recurso, numa relação muito sólida, com pessoas especiais, e com cautelas extremas.
Falemos da primeira solução. Talvez valha a pena lembrar que a maioria das mulheres considera que os homens não sabem nem querem compreender aspectos essenciais da sexualidade feminina para uma boa relação no casal. Lamentavelmente, essa mesma maioria afirma não conseguir mudar a atitude de indiferença e falta de atenção por parte do marido. Sobretudo a velha sensação de ter sido conquistada e dominada e depois ser votada ao esquecimento.
Uma minoria de 7% comete adultério por vingança.
Se quiser manter a sua mulher feliz, leia este texto e siga estes princípios. Fale com ela, consigo mesmo e ... mude.
Segunda solução:
As normas dizem-nos que devemos ser fiéis, que o adultério é um pecado, blá blá blá. Mas porque, o que se passa exactamente num casamento? Como conciliar o casamento com o facto do ser humano, sobretudo o homem, gostar de seduzir e ter aventuras que, mais tarde ou mais cedo, o casamento deixará de lhe propiciar? Devemos premanecer fiéis e simplesmente privar-mo-nos delas?
Todas as nossas acções estão condicionadas por regras sociais ou por nós mesmo, ou por limitações, pelo que a independencia é um mito. A questão é que regras são razoáveis e quais são superfúlas, apenas inibidoras de alcançar maior felicidade. É claro que a resposta é muito pessoal e cada um deverá conhecê-la. Muitas vezes isso envolve um processo de aprendizagem por tentativa e erro, onde se pode falhar. Mas não há que ter medo de falhar.
É um erro assumir-mos que casamento e liberdade são coisas inconciliáveis. Esse erro é feito porque infelizmente temos uma visão muito detorpada e incompleta sobre o casamento e sobre o sexo. O sexo é um campo fascinante e essencial na cultura humana, mas infelismente minado de tabus, medos e preconceitos profundamente enraizados. Isso faz dele um tema de abordagem extremamente difícil, quase sempre superfícial e pouco sincera. É dificil compreender e viver com algo onde a ignorância substitui a razão, pois esta apenas leva ao medo, ao tabu, ao proibido e ao religioso. Parece que já no século XXI muitos ainda preferem enterrar a cabeça na areia e vez de olhar a luz.
O sexo é uma maravilhosa força da natureza que deve aceite, compreendida, analisada e discutida. Mas ela é ainda prisioneira da nossa mente e tratada como uma besta selvagem, que se alguma vez for posta em liberdade levará à destruição da sociedade. Essa ignorância leva a um medo terrível pois sabesmo que os nossos esforços para a ignorar esbarram quase sempre na constatação que ela é mais forte que nós. Como nunca reconhecemos publicamente esta nossa "fraqueza", resulta um estado ânsiedade e frustação alimentado pela hipocrisia e o silêncio que perturbam muitos de nós.
É muito triste que tal assim seja. Considero que assim como compreendemos e possemos ao nosso serviço outras "forças selvagens" da natureza, como o vento, o mar, o sol, o mesmo deve ser feito com a força do sexo. Devidamente compreendida e assumida, na sua natureza, potencialidades, limitações, podemos tirar dela um enorme proveito que fará a nossa existência muito mais feliz. Em vez de prisioneiros passeremos a senhores. Não é que o sexo deixe de ser uma força selvagem que nós dosmeticaremos, mas se nos abrirmos, a aceitar.mos e compreender-mos melhor, podemos geri-la muito melhor. É como se vez de termos medo de mexer numa energia explosiva, a controlassemos para a fazer explodir em locais especificos.
Como em tudo, também a liberdade sexual exige responsabilidade. Implica não violar a liberdade dos outros e não pôr em causa a coesão social. Ao contrário do que se pensa não é a paixão mas a amizade o cimento de uma relação. A paixão é algo de mais ou menos efémero que inexoravelmente o tempo se encarrega de dissipar. Aquilo que antes era uma explosão tornar-se-á apenas num lume brando, que rapidamente se extingue se nada mais existir. Mas será possível ou desejável ceder ao jogo de sedução fora do casamento?
Consideremos um casal com um relacionamento normal. São pessoas saudáveis e desinibidas que gostam de saborerar cada momento da vida, mas que de alguma forma sentem uma inibição por serem casados. Vamos olhar de perto para os seus pensamentos íntimos. Um dos problemas básicos é a visão distinta que homem e mulher têm em relação ao sexo e do seu significado. Daí que aquilo que cada um eventualmente procura fora do casamento possam ser coisas bem diferentes.
Ao homem fascina-o a possibilidade de ter sexo com outra mulher, por vezes com uma pessoa conhecida, como a amiga da esposa ou a secretária, outras vezes é atraido por estranhas das quais ele apenas imagina poder disfrutar de sexo, nada mais. Quase todos os homens alimentam estas fantasias. Para eles o sexo é uma forma importante de afirmação, pelo que a possibilidade de ter sexo com outras mulheres é sempre atractivo e desejável para o seu ego.
A mulher também alimenta algumas fantasias, talvez menos, mas sobretudo ela por um lado reprimias muito mais raramente as pensando realizar, e por outro elas raramente se centram no aspecto sexual. Ao contrário dos homens, raramente ela aprecia o sexo puro e crú, mas antes apenas um envolvimento mais íntimo com alguém que lhe agrade, que lhe saiba falar, cortejar e mimar. Aprecia a ternura, o romance, por vezes a aventura, mas raramente o sexo. O sexo para ela não uma coisa em si que se compre ou venda, mas antes o resultado de uma entrega total e incondicional ao homem que ama, é algo quase sagrado. Além disso como esposa e mãe sente-se muito mais inibida que o homem, por si mesma e pela sociedade. Isso não quer dizer que no fundo ela não aprecie um flirt, uma aventura, faz fá-lo de uma forma muita mais dissimulada, indirecta e que sendo amada, raramente pensa em concretizar.
Que fazer? Haverá alguma forma de concretizar estas fantasias sem que ninguem saia magoado? Eu acho que isso é possível sob certas condições importantes. Não podemos esquecer que "brincar" às paixões é um jogo muito delicado, por vezes perigoso. Os máximos cuidados são necessários.
Primeiro é preciso que haja TOTAL confiança entre os conjuges, e que ambos sejam pessoas verdadeiramente responsáveis e adultos. Tem de ficar bem claro à partida que qualquer desvio será somente uma aventura dos sentidos, sendo sagrado o amor entre ambos. Não é só dizê-lo, temos de interiorizar esse sentimento. Se ele for sentido não haverá nenhum problema, pois será um prefeito antidoto para a volupia mais "venenosa". Só assim se pode ter algum controlo sobre alguma situação mais delicada. A mulher tem mais facilidade em cumprir este pacto, pelo que os homens devem conhecer-se muito bem a si próprios para aprender a ganhar auto-controlo. O homem deve ainda aprender a aceitar o desejo da sua mulher por aventuras romanticas com outros homens. Eles devem abandonar a ideia que as suas esposas devem a mente de umas virgens puras. A mulher também sonha! Finalmente o homem tem de falar com a mulher. Contar-lhe os seus desejos e fantasias sem medos de represálias.
A mulher tem maior dificuldade em aceitar um flirt do marido, pois ela vê o sexo segundo a sua prepectiva, julgando assim que ao dar o sexo ele está a dar a alma e o coração à outra. A mulher deve ser suficientemente madura e confiante para saber que o homem raramente dá a alma só no sexo. Aliás, muitas vezes quanto menos ele se entrega espiritualmente mais excitante é a relação - daí a explicação parcial do fluroscente mercado da prostituição. Pagar para ter só sexo sem mais nada agrada à maioria dos homens. Fá-los sentirem-se poderosos.
Infelismente a associação comum entre a prostituição e os comportamentos anormais de tarados sexuais e maridos infiéis, leva a uma visão deturpada da realidade por parte das mulheres. A procura de uma mulher só para sexo é algo comum no homem, embora possa parecer algo irracional e extremamente repugnante para as mulheres, deve no entanto ser compreendida e até certo ponto aceite. Ninguém é perfeito e não podemos mudar tão depressa a natureza humana.
Por seu lado a mulher precisa ainda de vencer os seus medos e os medos alimentados pela sociedade machista em que vivemos. Se tem pensamentos libidinosos com outros homens, aceite-os e goze-os, não fique a pensar o que os outros pensam, na sua maezinha, etc. Desde que se conheça e saiba o que faz nada pode recear da sua sexualidade e dos seus desejos.
: retirado de um livro
Sem comentários:
Enviar um comentário