07 dezembro 2006

so para ti .




És inspiração, não minha individual, mas sim a manifestação livre, real do pensamento e da emoção. Ganho sempre com o que sinto, provo ou experimento. E tu, para mim, és gerador de desejo e sensações. Sensações enleadas num turbilhão de questões sem resposta, de palavras afirmadas, sem que tenha reparado nas perguntas.

Como expressar aquilo que sinto? Como te demonstrar que provocas por dentro um grito faminto por mais um momento? Só mais um. Colorido, por mim, por ti, talvez por nós. Como posso deixar de querer sempre mais e mais, se tu és o sonho que o amor satisfaz, a ternura que me dá paz.

Perco-me na metáfora da tua presença, pois estou viciada na ilusão desta paixão tão intensa. Pasmo com esta incapacidade de te definir, mas talvez, tudo se resuma àquilo que não quero sentir, ou que temo ouvir-te dizer.

Que tortura deliciosa é esta saudade, este suspiro contínuo que, por vezes, me distrai de tudo o resto e me faz querer voar até ti. Ocupa-me tempo, este desejo, desmedido. Tempo que perco imaginando que, por um segundo, aí onde estás, sintas que te toco, que deslizo os lábios na tua pele, aspirando o teu cheiro, envolvendo-te no meu desassossego. No fundo, tudo aquilo que já sabes, mas que repetimos, até que se concretize.


Por muito que analise, perco-me em cada beijo teu. Os sentidos viajam convertendo-se em terminais de prazer, alucinado, intemporal. Em cada toque de língua delicio-me com a doçura que me dedicas. Tudo é ritmado num fluxo perfeito. A paixão com que impregnas o teu modo de me amar, o carinho que desenfreia em loucura, o abraço que incendeia.

Adoro a tua cara de sono e o timbre da tua voz a dizer-me ao ouvido as maiores loucuras. Adoro-te porque, me fazes rir, sempre que pensas que somos iguais. É como se existirmos num mesmo espaço sempre tenha sido verdade, a verdade do nosso momento. Divirto-me em descobrir-me subitamente ciumento. Adoro-te porque, me tentas descobrir e decifrar e sempre que me apertas de encontro a ti, o mundo gira devagar, como num filme em câmera lenta.


Gosto de tudo em ti, ou pelo menos, estou disposto a isso. Por tudo que consigo retirar e por aquilo que vejo que tens para me dar. Gosto de te observar enquanto conversas comigo, gosto de como me beijas enquanto vejo, de perto, as cores dos teus olhos.

Esqueço-me numa parcela de espaço indefinido, finjo que é nosso, aquilo que, na verdade, nunca foi de ninguém. Vejo que mesmo roubando ao tempo o momento, a louca aventura está, neste sentimento, imenso, que existiu e persistiu. O nosso compromisso, único e derradeiro, poderá bem ser nunca esquecer, este sonho de bem querer. Somos matéria perdida no tempo que roubámos e esquecemos de devolver. Somos a esperança do amante, a tesão constante, a chama renascida.


Transformo-te neste texto, para te tocar, sempre que deseje. Descrevo-te numa metáfora nossa, para que, por um dia, pela paixão que correu através de uma caneta, tu me tenhas pertencido.
Sempre mas sempre serás a minha patachu.

3 comentários:

Mary Jane disse...

És mesmo um homem romântico!
Quem me dera que ele também se declara-se assim....publicamente.
Tens mesmo sede de exprimir o que sentes e isso reflecte-se na tua escrita!
Medes as palavras com todo o carinho e uma certa devoção ao teu amor(a tua girl)!
És um verdadeiro Romeu(do século XXI)!
Lindo!

Anónimo disse...

De todas a miúdas da turmix aqui do nosso pingu que e um queriduxo só temos uma coisa a dizer menina patachu ainda não tivemos o prazer de te conhecer pessoalmente mas tens um grande homem e uma excelente pessoa hoje em dia já a poucos assim com a mentalidade dele e com a sua maneira de estar na vida abraços aos pombinhos

Anónimo disse...

Só hoje pode ler a tua mensagem,
Escrevo-te só pra te dizer


AMO-TE
Patachu